quarta-feira, 8 de abril de 2015

Silêncio.
Tudo se calou.
Quase tudo.
O som parou
As gotas mornas da chuva cessaram.
O barulho noturno era mínimo
A respiração ao lado, constante mais baixa.
O céu preferiu se calar também.
A dor nos ombros não alteravam...
Mas a paixão?
A paixão ainda gritava,
Incansável, furiosa
Gritava a ponto de furar os tímpanos
Penetrava na alma,
Rompia as cordas vocais,
faziam sangrar a garganta
E sair borboletas da boca.
Tudo se calou, mas a paixão ainda gritava.
-Paula Valentine


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