terça-feira, 16 de dezembro de 2014

SOBRE GENTE QUE NÃO É GENTE

Não existem sonhos impossíveis.
O sonho é puro
Terno.
Incapaz de ser imperfeito.
Agora o sonhador
Ah, o filh@daputa do sonhador.
Que tem que arrumar desculpa pra tudo
Que descobriu
O FILTRO
A INSEGURANÇA
O MEDO DO ALHEIO
A COVARDIA
Quem és tu, sonhador?
Bicho medroso
Que envergonha tua própria espécie.
Quem és tu? Que bate no peito por ter um empreguinho de merda
E esconde num baú... O sonho de pintar o rosto.
Me fala!
Quem és tu?
Que se perdeu na covardia?
Que não assume sua harmonia
Que não entra em sintonia
Com o mundo?
Sonhador
Tu não és digno!
Por que não dá teu sonho pra borboleta?
Ou pro peixe?
Olha pra eles, eles não são covardes.
Dá teus sonhos
Venda o seu melhor
Fique com o dinheiro
Afinal, é disso que se trata, não é?
Refém de mercadoria
Retrocedemos a barbárie
E sonho
Fica ali
No fundo escuro da alma
Jogado, maltratado e esquecido
Por um idiota medroso.
Um in sonhador.

INSÔNIA

Cadê o meu sono?
Deve estar perdido, num bucado de remorso
num beijo que deveria ter sido esquecido
num coração que suspira alto
O sono?
Se escondeu nas memórias mais obscuras,
nos meus pensamentos mais horripilantes
Foi lá que ele se escondeu.
Só pra me fazer passar... tim-tim por tim-tim
reviver cada lembrancinha...
Ah, o sono?
Tá brincando de pega-pega
com minha sanidade mental.
Cadê o sono?
Ta cumprimentando uma paixão que não deveria ter vindo a tona
Cadê o sono?
Tá provocando minha insegurança?
Cadê o sono, Paula?
o Sono..
Me despertou de tudo e me deixou com nada
se ao menos despertasse e depois me desse o prazer de esquecer...
Mas não.
Ele me cava toda, desbrota minhas lembrança, pega do fundo do baú os meus medos..
E vai embora.
Fica de lado
me observando
apavorada
sofrida
querendo tirar os pés do chão.
Mas presa a uma realidade ridícula.
Ah, sono! Você me paga por essa!